O cavalo campeiro tem origem nas expedições espanholas, que por volta do século XVI passaram por terras Catarinenses e seguiram até Assunção no Paraguai, deixando alguns animais para utilização no serviço de abastecimento dos navios no porto em SC.

Desde esse período e por 200 anos depois, mais animais foram trazidos por expedições espanholas, que embora seu destino fosse outro país, sempre ficavam alguns animais nas suas passagens por Santa Catarina.

Os animais ao longo do tempo foram se reproduzindo em estado selvagem formando grandes manadas. Começaram a ser pegos para doma em 1766, com a chegada dos colonizadores para a fundação de Lages. Esses cavalos selvagens povoaram além do planalto Catarinense, o planalto do Rio Grande do Sul e sudoeste do Paraná, ou seja, a região dos “Pinheirais do Brasil”, e por isso recebeu a denominação de “Marchador das Araucárias”.

Cavalos da raça Campeira são reconhecidos como marchadores de tríplice apoio, isto é: estão sempre com três patas no chão diminuindo o impacto com o solo e o balanço da marcha, proporcionado mais comodidade ao cavaleiro. Tem porte médio a pequeno, são animais dóceis, muito resistentes, adaptam-se facilmente a diferentes climas e terrenos acidentados.

Com o tempo surgiram diversos criadores e em 1976 um grupo de aficionados pelo marchador reuniu-se com a finalidade de defender o que consideravam um “patrimônio genético”, e fundaram a Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Campeiro (Abraccc) e através da Associação Agropecuária, criaram o cadastro dos marchadores da região.


Características:

Andamento – Marcha em quatro tempos, isto é, apoios desencontrados, proporcionando reações suaves e conseqüente conforto ao cavaleiro.
Pelagens principais – Castanho, baio e tordilho, em todas as suas variações.
Cabeça – Fronte retilínea a subconvexa. O chanfro, de retilíneo a subcôncavo. Orelhas medianas e ativas. Olhos vivos.
Pescoço – Delicado, mais comprido do que a cabeça, com implantação ao tronco bem definida, o que proporciona facilidade e leveza nos giros.
Tronco – Forte, com costelas arqueadas, traduzindo boa estabilidade à montaria e ao cavaleiro.
Garupa – Ampla, suavemente inclinada, permitindo fácil arranque e sair imediatamente do passo para o galope.
Membros – Fortes e delgados, bem aprumados.
Aptidões – Por sua resistência e o conforto proporcionado pela marcha, é indicado para cavalgadas e longos percursos. É próprio para as lidas do campo, torneios de laço, prova de rédeas, de balizas e de tambores. Chama a atenção por sua docilidade, inteligência e destreza.
Altura Macho – entre 1,42 cm a 1,54 cm
Altura Fêmea – entre 1,40 cm a 1,50 cm