“A Equoterapia é um método científico, reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina, que utiliza o cavalo como recurso terapêutico em uma abordagem multidisciplinar, que irá buscar o crescimento e o desenvolvimento biológico, psicológico e social dos praticantes.” (ANDE)

A equoterapia emprega o cavalo e as técnicas de equitação como agentes e princípios promotores de ganhos físicos, psíquicos e sociais. Esse tipo de atividade terapêutica facilita e exige a participação do cavaleiro como um todo, contribuindo, assim, para o aprimoramento da força muscular, do relaxamento, da conscientização do próprio corpo e o desenvolvimento aperfeiçoado do equilíbrio e da coordenação.

A interação do praticante com o cavalo, incluindo os primeiros contatos de aproximação, os princípios da montaria e o manuseio final, promove o desenvolvimento de novas formas de socialização, de autoconfiança e autonomia, de melhoria da auto-estima e da auto-imagem.

O movimento do cavalo é tridimensional (vertical, horizontal e rotativo). Ao se deslocar ao passo, realiza um movimento em seu dorso que se assemelha à marcha humana em mais de 95%. Esta semelhança vai estimulando o cérebro através de impulsos, possibilitando ao paciente aprender, reaprender ou corrigir seu modo de andar.

A mudança de equilíbrio constante que o cavalo exige do cavaleiro, faz uma verdadeira fisioterapia articular e muscular, estimulando a circulação linfática e a sanguínea, vivificando células ao nutrindo-as com oxigênio, glicose e vitaminas, bem como eliminando as toxinas, fortalecendo o coração, os músculos e os tendões. No encéfalo, esse exercício provoca uma liberação de endorfinas, verdadeiras drogas naturais semelhantes à morfina, que trazem a conhecida euforia que experimentam os que praticam esportes que exigem trabalho muscular.

Fonte: Letícia Junqueira, fisioterapeuta e Liana Pires Santos, psicopedagoga

Por outro lado, a posição elevada em que fica o cavaleiro – um verdadeiro trono – proporciona um sentimento de poder altamente desejável para a formação da auto-estima ao fortalecer o ego que dá a confiança em si mesmo, indispensável para vencer.

Indicações:

  • Paralisia Cerebral
  • Esclerose múltipla
  • Distúrbios visuais e auditivos
  • Distúrbios / atrasos motores
  • Síndrome de Down
  • Psicoses infantis: autismo, estados marginais…
  • Distúrbios Psicológicos: depressão, timidez, dificuldade no aprendizado, retardo mental, stress, síndrome de pânico, fobias, hiperatividade.
  • Dependência química (drogas)
  • Deficiências de coordenação motora
  • Defeitos de postura

Para iniciar a prática de equoterapia é obrigatória avaliação médica, psicológica e fisioterapêutica.

Artigo escrito por Fabiana Maria Kintschner, Instrutora de Equitação, Especialista em Deficiências Múltiplas, Psicomotricista. (Equocenter Centro de Atividades Especiais)