Os Cavalos antes de serem montados foram primeiramente utilizados como animais de tração. Os assírios e os persas usavam em suas caçadas carros parecidos com as brigas romanas. Os gregos e romanos eram excelentes cavaleiros e as corridas com as bigas que já eram conhecidas antes de Cristo tornaram-se um esporte popular, excitante e perigoso.

As corridas com bigas passaram a fazer parte como armas de guerra. Posteriormente, o homem passou a montar primeiramente sem estribos, uma maneira difícil de contralar o equilíbrio sobre o cavalo e a descoberta do estribo foi uma evolução enorme para a época, que passou a ser um fator determinante para as vitórias.

Os combates entre dois cavaleiros montados eram chamados de “justa”, que evoluíram para uma luta mais amistosa, contando pontos para quem desmontar o adversário, quebra-lhe a lança ou arranca de suas mãos. Era falta imperdoável ferir o cavalo oponente.

Não se sabe quem introduzir o cavalo nos esportes, mas na China os imperadores do século VI e VII a.C. já jogavam algo semelhante ao polo. No século VIII os gregos realizavam jogos olímpicos com corridas de carros tracionados por cavalos.

Da mitologia grega:

  • “Posseidon, o Deus do mar, criou o primeiro cavalo e a carruagem do Deus Sol era puxada por uma parelha de corcéis dourados (baios).
  • Platão tinha cavalos de batalha e os velozes cavalos de Hércules possuíam pés e voz humana. Quando Aquiles repreendeu o seu cavalo, prontamente decretou sua morte.
  • E pona, deusa dos cavalos, era a divindade protetora dos cavalos, cultuada entre os Celtas, depois foi adotada pelas unidades da cavalaria do exército romano.”
    Moisés, que foi um dos primeiros a proibir o consumo de carne de cavalos, possuía um rebanho de 50 mil cavalos.

O Rei Salomão chegou a construir verdadeiras cidades-estábulos.

A cavalaria desenvolveu-se como parte do sistema feudal na idade média. Na época, qualquer pessoa podia se cavaleiro e não significava nenhuma distinção. Entre os anos de 1.100 e 1.300 os cavaleiros tornaram-se grandes proprietários de terras, entretanto, como as armaduras e cavalos tornaram-se cada vez mais caros, só ricos podiam equipar-se para lutar como cavaleiros. Ser cavaleiro tornou-se uma distinção e uma honra, e passou a ser uma classe distinta do resto da humanidade.

Quando os mongóis iniciaram a conquista da Europa em 1237, enviaram uma missão de reconhecimento e estabeleceram uma rota de 900 km. Deslocamento de percurso percorriam esses caminhos resolvendo os problemas de reconhecimento e estratégia, como detalhes dessas rotas, tais como: fontes de água, pastagens, travessias de montanhas e rios. A localização de fortes, vilas e cidades que tinham que ser conquistadas para fornecer provisões a um gigantesco exército de 120 mil cavaleiros que avançava 50 km/dia, sendo que a intercomunicação entre as tropas era feita com o uso de uma combinação de mensageiros velozes. Cada cavaleiro levava provisões para 10 dias e três cavalos para troca.

Continua na próxima edição

Artigo escrito por Deolir Dall’Onder para a Revista Acontece sul, ano XIV, Número 145.