Os cavalos e a humanidade

Os cavalos têm desempenhado um papel inestimável na existência do homem, transformando-se de animais selvagens a companheiros cruciais da sobrevivência humana.

Há aproximadamente seis mil anos, os pastores nômades da Mongólia cultivaram habilidades especiais em torno dos cavalos, aprendendo a observar e entender suas hierarquias sociais.

Em bandos de 20 a 25, os cavalos simplesmente precisavam de um líder humano para encaminhar todo o grupo.

À medida que humanos e cavalos entrelaçavam suas existências, essa relação solidificou-se nas culturas nômades.

Os cavalos passeavam livremente pelos acampamentos, fortalecendo laços profundos por meio de tarefas diárias de alimentação e cuidados veterinários.

Assim sendo, os homens assumiram o papel de protetores desses nobres animais.

Os médicos indianos

Na antiguidade, algumas tribos sacrificavam cavalos em rituais sagrados, com a finalidade de utilizar a carne em celebrações culinárias, da mesma forma que médicos da velha Índia prescreviam carne de cavalo para aqueles atormentados pela tuberculose.

Além disso, os cavalos ofereciam um conjunto diversificado de recursos:

  • Alimentação via leite de égua e queijo derivado;
  • Abrigo via seus couros;
  • Artesanato através dos fios das suas crinas;
  • Servindo como meio de troca.

No entanto, algumas técnicas equinas sofisticadas corriam o risco de se perder no tempo pela falta de registros escritos até o general grego Xenofonte chegar na cena.

Xenofonte e a arte da equitação

Xenofonte, vivendo em 355 a.C, elevou a arte da equitação ao fazer exigências meticulosas de flexibilidade, equilíbrio e obediência dos seus cavalos – padrões que asseguraram sua superioridade na época.

Além disso, ele também colocou seus pensamentos e táticas numa obra escrita – o ‘Manual do emprego da Cavalaria’.

Seus ensinamentos foram tão impactantes que até Sócrates se viu cativado, ao passo que optou por ter aulas de equitação.

Os ensinamentos incisivos de Xenofonte foram implementados por grandes conquistadores como Alexandre, o Grande, Genghis Khan e Attila – todos fundaram impérios montados a cavalo.

Quase dois milênios depois de Xenofonte, seu legado permanece vivo. Na Equitana de 2009 e 2013 – a maior feira de cavalos do mundo em Essen, Alemanha – pudemos ver uma unidade de resgate montanhoso totalmente composta por cavalos e muares.

Este esquadrão faz parte do notório exército alemão, um dos mais poderosos da Europa e do mundo.

Em suma, mesmo com uso moderno tendendo ao esporte e lazer, o cavalo ainda forma unidades imprescindíveis em vários exércitos atuais. 

Assim seguimos nós, eternamente entrelaçados à nobre existência equina.