A história e as inovações das ferraduras para cavalos é uma arte cujas origens se perdem na noite dos tempos. Desde que o homem empreendeu a conquista do cavalo, os cuidados com os cascos (pés) de sua montaria logo se impuseram como uma necessidade absoluta. Por mais de 2.000 anos, diferente tipos de proteções tem sido usadas para proteger os cascos do cavalo. Inicialmente usava-se sandálias feitas de grama trançada. Genghis Khan o famoso líder mongol precisando melhorar a mobilidade de sua cavalaria evoluiu para a utilização de couro, que através de um tratamento específico proporcionou durabilidade e alto poder de fixação ao casco.
Os gregos contribuíram com a invenção da hipo-sandália que se constituía em chapas de ferro presas por tiras de couro.
Os Celtas, que eram habilidosos com o ferro descobriram que era possível segurar as ferraduras nas patas de um cavalo inserindo pregos (cravos) na área insensível do casco. Seguindo-se a descoberta dos cravos de aço para segurar o encaixe ao casco do cavalo. Mas, elas eram usadas mais especificamente em duas situações; quando o cavalo apresentava manqueiras e havia o costume de os chefes de estado usarem as ferraduras como objeto de decoração em seus cavalos. Como exemplo clássico Nero, o imperador romano que decretou que seus cavalos usassem ferraduras de prata e os de sua 2ª esposa Poppaea Sabrina de ouro.
As ferraduras hoje em dia podem variar no design e no material, além das de uso normal temos as ortopédicas e corretivas.
Ferraduras leves de alumínio são usadas para cavalos de corridas. O ferrageamento corretivo ajuda a reduzir torções nos ligamentos e tendões, causadas pela má conformação (aprumos). Pode também minimizar o efeito de um ferimento e ajudar no processo curativo protegendo as áreas sensíveis.

Não podemos deixar de citar a importância do uso da radiografia no diagnóstico de afecções da podologia equina, e na relação entre a 3ª falange e a caixa córnea (casco).

Artigo Revista Acontece sul, Deolir Dall”Onder, 18 de Dezembro de 2012